domingo, 15 de julho de 2012

Início

 Eu, Rayanne Pinheiro Lima, nome de certidão, escolhido por meus pais, meu verdadeiro eu, poderia ter se perdido entre as nuvens sombrias do fracasso ou entre as brumas da solidão, mas, em meio de pouca luz, perdida entre as sombras, surgia uma chama: fé. Eu estava lá para guiá-la mesmo sem saber o caminho correto, estava para conduzi-la à realidade desejada pelos sonhos, mesmo sem saber qual rumo tomaria. Foi quando percebi que não havia caminho certo, planejamento perfeito ou feliz feliz. Os caminhos fazemos com nossos próprios passos, os quais podem ser difíceis e demorados quando buscamos por aquilo que nos pertence pela simples vontade de querer.
 Não sabemos se passaremos por becos, ruas desertas, sem saída, estradas, avenidas ou frágeis pontes, prestes a desabarem com um fraco sopro da ilusão. Não sabemos se daremos muitos e longos ou curtos e poucos passos, Não sabemos a respeito dos tropeços, das pedras, dos obstáculos, das fronteiras, das barreiras, das ladeiras e das quedas. Não há como saber se o mapa que planejamos em nossa cabeça será devidamente respeitado, partindo em busca ao tesouro de nossas vidas, o nosso alvo, o nosso bem maior, a felicidade que nos preenche a ponto de faltar o ar. Não há planejamento perfeito, não há mapas.
  O planos para nossas vidas somos nós quem construímos na medida em que cada pegada nossa é feita e marcada, deixada para trás, durante o percurso. E podemos alterá-lo como quisermos, quando quisermos e onde quisermos. Podemos acrescentar alguma aventura ou alguém especial para ajudar nas escaladas, nas noites de rio, nos dias de sede ou nas semanas de fome. Também alguém que não desempenhe tão fortemente o papel esperado. Ou até mesmo alguém que mude nossa percepção, que mostre o mundo e seu lado inverso, que nos aponte o outro lado da montanha e nos faça saudar o pôr-do-sol.Que nos apresente ou não a ideia de que não há final feliz, de forma gradativa, como quase uma autodescoberta, criando um sentido maior no que muitos insistem em ignorar. Não há final feliz, porque não há final. A vida é tão rica para ser limitada. A vida é uma fonte inesgotável. Mesmo que levem séculos para descobrirem seu verdadeiro efeito quando apreciada, ela estará inesgotável de felicidade para quem nela crê.
  Eu creio em minha vida, creio nos meus sonhos, creio nos meus objetivos e na minha determinação. Percebi que agia no presente e falava sobre meus defeitos, meus fracassos e minhas decepções como se estivessem ao meu redor, assombrando minhas perspectivas. Mas quela não era eu. Eu me condenava àquilo sem prestar atenção. Aquela FOI eu. Foram resíduos de mim. Aquela está no passado, presa na s falhas lembranças e raros relances do meu hoje. Aquela apenas surge no meu presente em forma de ensinamento, evitando os mesmos erros, as mesmas pegadas, os mesmos passos em falso. Aquela Rayanne foi arrastada para o nevoeiro infindo da terra do medo. O hoje pertence a mim, sempre será meu, assim como a crença de que o tempo do agora rumo a frente será próspero é incontestável.

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