terça-feira, 12 de abril de 2011

Quanto às marcas...

 Escrevo a lápis, porque talvez um dia possa escolher a procedência dessas palavras. Podem ser como pequenos arranhões, que em pouco tempo são remediados, ou como cortes profundos, provocando a dor que não se cura e a cicatriz que não se apaga.

 Não há o que temer, as marcas estão impressas, escondidas atrás de cada palavra, implorando liberdade.
 Não há o que temer, porque pior que ouvir o desespero é calar a esperança.
 Não há o que temer.

 E o que me sufocava, de fato, não era a falta de palavras, era a falta de ouvidos.