Sou como as árvores que esperam por um ano pela companhia das flores. Elas sempre esperam. Sabem que por mais longo seja o tempo, as flores voltarão a colorir tudo que por muito tempo fora cinza.
E essa doce primavera que insiste em partir e deixar secar toda seu esforço em tornar belo o que nos cerca.
domingo, 16 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
E se o amor é tão bom, por que nos machuca?
Entreguei-lhe meu coração, despedaçado, a fim de reconstruir o que se foi rompido até então por quem não soube conduzir um verdadeiro amor. Fiz o possível para unir o medo de desaprender a amar ao laço que envolvia meu peito, temendo a solidão. Não a solidão causada pela falta de um corpo, porém a de esquecer-me do fruto do que me causara cortes profundos, de seu significado em meio a tanta turbulência.
Tudo torna-se tão claro e sombrio quando a saudade surge, fazendo-me lembrar do que era para ser esquecido.
O amor é contraditório, surreal. Não limita a intensidade. Não cria opções. Impõe-se apenas a seu favor, quão independente seja seu condutor. Incalculável. Incontrolável. Traiçoeiro. Cria oportunidades, nos abraça, nos droga, nos vicia, nos mata. Antes fosse a morte indolente, rápida, súbita. Não a que sangra vagarosamente, sucumbindo às das fendas da alma, às feridas da saudade, à dor da ilusão.
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